Abertura com impacto da expulsão
A eliminação do São Paulo na Copa do Brasil começou a se desenhar nos primeiros minutos de jogo. Logo aos 3 minutos, o goleiro Rafael foi expulso por uma falta polêmica em Viveros. O árbitro aplicou o cartão vermelho direto e sequer consultou o VAR, o que gerou muita reclamação da comissão técnica tricolor.
Com um a menos desde o início, o São Paulo precisou se reorganizar rapidamente em campo. A entrada de Jandrei não foi suficiente para manter o controle da partida. O Athletico-PR aproveitou a vantagem numérica, pressionou e tomou as rédeas do confronto, mesmo sem apresentar grande qualidade ofensiva ao longo do primeiro tempo.
Jogo truncado e clima nervoso
A partida teve um ritmo travado. Foram registradas 38 faltas ao longo dos 90 minutos, o que demonstra o excesso de interrupções. O árbitro Felipe Fernandes de Lima teve trabalho para controlar os ânimos, aplicando diversos cartões amarelos, inclusive para Arboleda e Viveros, protagonistas de uma disputa acalorada em campo. A todo momento, jogadas eram paralisadas por entradas duras, empurrões e reclamações, tornando o jogo tenso e sem fluidez para ambos os lados.
Apesar da superioridade numérica, o Athletico não conseguiu transformar o domínio em chances claras de gol. O São Paulo, mesmo com um a menos, tentou se manter competitivo, mas não levava real perigo. Os acréscimos da primeira etapa chegaram a 10 minutos, tamanha a quantidade de paralisações. O clima nas arquibancadas também refletia a frustração com a ausência de lances emocionantes ou jogadas bem trabalhadas.
Segunda etapa sem brilho ofensivo
No segundo tempo, o panorama não mudou. O São Paulo optou por manter a defesa sólida, sem se expor ao ataque. A proposta de jogo ficou clara: evitar o segundo gol e buscar uma chance isolada para empatar. Luciano chegou a balançar as redes em chute cruzado, mas o lance foi anulado por impedimento. A equipe paulista demonstrava cansaço físico e falta de alternativas no banco, o que limitava a reação diante da pressão adversária.
O Athletico-PR seguia controlando a posse, mas não mostrava criatividade nas finalizações. Até que Esquivel, aproveitando o rebote de um cruzamento mal afastado, acertou um chute forte de fora da área, vencendo Jandrei e colocando o time da casa em vantagem. O gol foi o ponto alto de uma partida de poucas emoções técnicas.
Derrota nos pênaltis e frustração
Com o placar agregado empatado, a vaga foi decidida nos pênaltis. E foi aí que o São Paulo viveu seu momento mais amargo. Nenhuma das três cobranças tricolores foi convertida. O nervosismo parecia tomar conta dos batedores, que falharam em suas finalizações de maneira surpreendente.
Enquanto isso, o Athletico-PR foi eficiente, garantindo os 3 a 0 nas penalidades. A eliminação do São Paulo se consolidou de forma melancólica, com o time deixando a competição sem conseguir demonstrar a força que o torcedor esperava. A queda nas quartas de final acende o sinal de alerta para Hernán Crespo e comissão técnica.
O que vem a seguir para São Paulo e Athletico
Após a eliminação, o São Paulo volta suas atenções para o Campeonato Brasileiro, onde enfrenta o Vitória no MorumBis no próximo sábado. Já o Athletico-PR, agora concentrado na Série B, visitará o Criciúma na segunda-feira, buscando manter-se competitivo também na competição nacional.
A derrota serve como lição para o São Paulo, que precisa lidar com questões de disciplina, estratégia e preparação emocional em jogos decisivos. O Athletico, por outro lado, mostra que mesmo sem brilho técnico, é possível avançar com garra, organização e eficiência nas decisões.
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