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Análise da Crise do São Paulo: Virada Histórica e a Polêmica do VAR

O cenário do futebol brasileiro foi palco de um clássico eletrizante que deixou os torcedores do São Paulo com um gosto amargo. A virada histórica do Palmeiras sobre o rival no Morumbi não foi apenas um resultado de campo; ela expôs fragilidades e intensificou a Crise do São Paulo, que já se arrastava. Além da derrota, a polêmica da arbitragem e as reações pós-jogo alimentaram ainda mais o debate.

A partida, que parecia controlada pelo Tricolor com uma vantagem de 2 a 0 no primeiro tempo, desmoronou em apenas 19 minutos da segunda etapa. O Palmeiras, com méritos e mudanças táticas certeiras de Abel Ferreira, virou o placar para 3 a 2, mostrando não só sua força, mas também a incapacidade do São Paulo de manter o desempenho.

A Virada Histórica e a crise do São Paulo

A virada do Palmeiras não foi um acaso. Enquanto o São Paulo exibia cansaço físico e a incapacidade de construir um terceiro gol para selar a vitória, o time alviverde demonstrava preparo e qualidade. Em 19 minutos do segundo tempo, a equipe fez três gols, concretizando uma reviravolta que não acontecia há 31 anos em clássicos entre os clubes.

Após a partida, a entrevista coletiva do técnico Hernán Crespo gerou controvérsia. Em vez de focar nas falhas táticas e físicas do próprio time, que tomou três gols em menos de 20 minutos, Crespo direcionou as críticas à arbitragem e ao VAR. Essa postura foi vista por muitos como uma tentativa de encobrir as misérias e defeitos do São Paulo, em vez de assumir a responsabilidade pela perda de um resultado tão crucial.

A torcida são-paulina esperava explicações sobre a falta de competência para segurar o resultado e, principalmente, como foi possível sofrer três gols tão rapidamente. Com três volantes em campo e a sensação de “jogo ganho” após o 2 a 0, o São Paulo cometeu um erro grave de estratégia e postura.

A Polêmica do Pênalti e o Protocolo do VAR

Antes da virada, o jogo foi marcado por um pênalti “escandaloso” não assinalado a favor do Palmeiras. A jogada, que ocorreu a poucos metros do árbitro, era inquestionável. O juiz, a apenas 5 metros do lance e com visão desimpedida, falhou em sua função mais básica, demonstrando incompetência e incapacidade de tomar uma decisão clara e óbvia.

Apesar da clareza do lance, o VAR não chamou o árbitro para revisão. Segundo o protocolo, se o VAR identifica que o árbitro em campo teve total visão da jogada, sem obstrução e perto do lance, a intervenção não é realizada. Essa regra, embora existente, gerou debate, pois o protocolo é frequentemente “quebrado” em outras rodadas do Campeonato Brasileiro para corrigir erros similares.

A falta de divulgação do áudio do VAR, justificada pelo protocolo de não conversas com a cabine caso o árbitro não vá à tela, aumentou a indignação. A CBF, por sua vez, afastou o árbitro e a equipe do VAR, uma medida vista como o mínimo necessário diante da gravidade do erro. No entanto, a discussão sobre a efetividade e a aplicação consistente do VAR na busca por justiça no futebol permanece latente.

O Futuro Tricolor: Ficam ou Vão Embora?

A derrota no clássico e a persistente Crise do São Paulo levantam questionamentos sobre o elenco e a necessidade de reformulações. Em meio a discussões sobre quem deve permanecer e quem deve deixar o clube, alguns nomes se destacam. O zagueiro Alan Franco, por exemplo, é apontado como um jogador que deve ficar. Sua regularidade e boa atuação ao longo da temporada, conquistando a titularidade com Zubeldia, o tornam peça importante.

Por outro lado, nomes como o goleiro Rafael, que renovou contrato, e jogadores como Bombadilha e Enzo Dias enfrentam um escrutínio maior. Para muitos analistas, Rafael, apesar de sua permanência garantida, poderia ser substituído por um novo goleiro. Já Bombadilha e Enzo Dias são alvos de críticas mais duras, com a sugestão de que já deveriam ter deixado o clube há tempos, dada a falta de desempenho e entrega em campo.

A análise do elenco é crucial para o São Paulo. A equipe precisa de uma reformulação que aborde não apenas a técnica individual, mas também a mentalidade e a preparação física. A Crise do São Paulo é multifacetada e exige ações concretas para que o time possa reencontrar o caminho das vitórias e satisfazer sua apaixonada torcida.

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