Brasil x Colômbia: clássico com roteiro de cinema
O confronto Brasil x Colômbia protagonizou um dos maiores espetáculos do futebol feminino continental. Em uma noite épica no Estádio Olímpico Atahualpa, em Quito, as duas seleções entregaram uma final com gols, reviravoltas e um desfecho cinematográfico nos pênaltis. O Brasil venceu por 5 a 4 nas cobranças alternadas, após empate por 4 a 4 no tempo normal e prorrogação. A conquista marcou o nono título da Seleção Brasileira na Copa América Feminina e ampliou ainda mais a hegemonia verde-amarela no torneio.
Com esse resultado, a equipe garantiu também vaga nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028, além de fortalecer sua preparação rumo à Copa do Mundo de 2027, que será disputada em solo brasileiro. Para a Colômbia, a frustração veio acompanhada de uma campanha vibrante, que reafirma sua posição como principal rival da Canarinho no cenário sul-americano.
Empate em 4 a 4 e 120 minutos eletrizantes
O jogo teve um ritmo alucinante desde os primeiros minutos. Ambas as equipes apostaram em um futebol ofensivo, vertical e de marcação intensa. A Colômbia, com sua jovem geração comandada por Leicy Santos e Usme, mostrou personalidade e não recuou. O Brasil respondeu com Marta, Bia Zaneratto e Ary Borges em grande noite.
Ao fim dos 90 minutos, o placar mostrava 3 a 3, com gols de todos os lados. Na prorrogação, mais um gol para cada lado elevou a tensão às alturas. O empate em 4 a 4 levou a decisão para os pênaltis, em um duelo que já estava consagrado como um dos mais emocionantes da história do torneio.
A postura tática de ambas as seleções foi elogiável. Enquanto o Brasil soube reagir aos momentos adversos, a Colômbia não se intimidou e manteve o equilíbrio até o fim. A final foi um retrato do avanço técnico do futebol feminino sul-americano.
Disputa de pênaltis entra para a história
Nas penalidades, cada cobrança foi um drama à parte no duelo Brasil x Colômbia. Tarciane e Usme converteram as primeiras batidas, mas Angelina parou em Tapia e colocou o Brasil em desvantagem. Em seguida, Paví chutou para fora, reequilibrando a disputa. A tensão era palpável.
O momento mais tenso veio quando Marta teve a chance de fechar a série, mas sua cobrança foi defendida. A disputa seguiu até a sétima série, quando Luany marcou para o Brasil e Lorena defendeu a cobrança de Carabalí, selando a vitória no histórico Brasil x Colômbia.
As cobranças alternadas adicionaram ainda mais drama ao eletrizante Brasil x Colômbia. As atletas demonstraram grande preparo emocional em meio a um estádio lotado e um país inteiro assistindo. O resultado não apenas deu o título ao Brasil, mas também evidenciou o alto nível das jogadoras sul-americanas.
Lorena: a muralha brasileira na grande final
Se houve uma heroína no duelo Brasil x Colômbia, foi Lorena, a goleira brasileira. Com frieza e elasticidade impressionantes, ela defendeu duas cobranças decisivas, de Leicy Santos e Carabalí, e se consagrou como o nome do título no confronto Brasil x Colômbia. A atuação da arqueira foi a personificação da garra e da determinação que marcaram a campanha brasileira.
Lorena já vinha sendo destaque em jogos anteriores, mas na final do Brasil x Colômbia elevou seu desempenho ao máximo. Sua leitura das jogadas, comando da defesa e tranquilidade nas penalidades mostraram por que ela é uma das peças mais confiáveis da equipe. Foi a prova de que o Brasil também vence com sua base defensiva sólida.
Sua atuação entrou imediatamente para a história das finais da Copa América Feminina, ganhando destaque na imprensa internacional.
Brasil segue hegemônico e mira novos objetivos
Com esse novo título, o Brasil reafirma sua soberania na Copa América Feminina, agora com nove conquistas em onze edições disputadas. Desde 2006, quando a Argentina venceu, a Seleção Brasileira tem sido absoluta no continente. A consistência do projeto feminino da CBF e a renovação do elenco mostram que o futuro continua promissor.
A vaga para os Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028 foi um bônus gigantesco. Agora, o foco se volta à Copa do Mundo de 2027, que será realizada no Brasil. A Confederação Brasileira de Futebol já planeja amistosos e competições preparatórias visando chegar forte no mundial.
A Colômbia, mesmo com o vice, mostrou que segue em evolução. Com uma base jovem e talento em ascensão, pode surpreender nos próximos ciclos. A rivalidade com o Brasil tende a se intensificar, tornando os próximos confrontos ainda mais aguardados.
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