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Como será a Copa do Mundo de 2026? Será que vai dar certo?

Copa do mundo

Prepare-se para uma revolução no futebol mundial. A Copa do Mundo 2026 está se aproximando e promete ser a maior e mais audaciosa edição da história do torneio. Pela primeira vez, o Mundial será disputado em três países diferentes e contará com a impressionante marca de 48 seleções em busca do título. Mas, com tantas novidades e um formato que divide opiniões, a pergunta que fica é: será que essa expansão será realmente benéfica para o espetáculo e a qualidade do futebol? Há quem diga que não, e vamos explorar os motivos.

O sonho de todo atleta é disputar uma Copa do Mundo, e o de todo torcedor é ver sua nação representada no maior palco do futebol. Com as mudanças para 2026, esse sonho pode se tornar mais acessível para muitas seleções, mas as consequências para a dinâmica do torneio ainda são incertas. As novidades não param por aí: a duração será recorde e a logística, um desafio monumental.

A Expansão Histórica: 48 Seleções e Novas Regras

A decisão de aumentar o número de seleções de 32 para 48 representa um salto de 50% na participação e foi uma das promessas de campanha do atual presidente da FIFA, Gianni Infantino, em 2016. O principal argumento da entidade é democratizar o acesso à competição, permitindo que mais países tenham a oportunidade de competir no mais alto nível. No entanto, o processo para definir o formato ideal para acomodar tantas equipes foi longo e controverso. Inicialmente, cogitou-se a criação de 16 grupos com três seleções, mas essa opção foi descartada por possibilitar combinações de resultados na última rodada, como a polêmica da Copa de 1982.

O formato finalmente aprovado pela FIFA é o seguinte: as 48 seleções serão divididas em 12 grupos de quatro países cada. Os dois primeiros colocados de cada grupo se classificarão, somados aos oito melhores terceiros colocados. Essa nova estrutura cria uma fase adicional, os 16 avos de final, que nunca antes existiu na história da Copa do Mundo. Essa mudança visa garantir mais jogos e, consequentemente, mais receita para a FIFA. Para se ter uma ideia, a entidade espera arrecadar quase um bilhão de dólares a mais do que na Copa do Catar, impulsionada pela venda de direitos de transmissão, patrocínios e ingressos para os 104 jogos que serão disputados – um aumento significativo em relação aos 64 jogos do formato anterior.

Três Países, Um Grande Palco: As Sedes da Copa 2026

A Copa do Mundo 2026 fará história não apenas pelo número de seleções, mas também por ser a primeira a ser sediada por três países: Estados Unidos, Canadá e México. Enquanto o México já tem experiência como anfitrião (1970 e 1986) e os Estados Unidos sediaram o torneio em 1994, o Canadá fará sua estreia como país-sede de uma Copa do Mundo masculina. Essa divisão geográfica visa ampliar o alcance do evento e explorar a paixão pelo futebol em diferentes culturas.

Os jogos serão distribuídos por 16 cidades-sede, sendo 11 nos Estados Unidos, 3 no México e 2 no Canadá. A final da competição está marcada para 19 de julho de 2026, no MetLife Stadium (conhecido por um nome comercial) em East Rutherford, Nova Jersey, próximo a Nova York. O jogo de abertura, por sua vez, ocorrerá em 11 de junho, no icônico Estádio Azteca, na Cidade do México, com a seleção mexicana já garantida em campo. Com 39 dias de duração, esta será a Copa do Mundo mais longa de todos os tempos, demandando uma logística complexa para os times. Para minimizar o impacto das viagens na fase de grupos, as sedes foram divididas em três regiões (Costa Leste, Central e Costa Oeste), permitindo que as seleções joguem seus primeiros três jogos em uma mesma área.

As Polêmicas do Novo Formato: Diluição da Qualidade?

Apesar dos argumentos da FIFA sobre democratização e desenvolvimento do futebol, o novo formato de 48 seleções na Copa do Mundo 2026 tem gerado uma série de críticas e preocupações. A principal delas é a possível diluição da qualidade técnica do torneio. Muitos especialistas e torcedores argumentam que, ao incluir mais equipes, inevitavelmente haverá um aumento no número de confrontos desiguais, resultando em goleadas e jogos menos emocionantes. Essa preocupação se intensifica com a regra dos “oito melhores terceiros colocados”, que pode levar à classificação de seleções com campanhas modestas, como apenas uma vitória e duas derrotas, ou com poucos pontos.

Outro ponto levantado é a confusão gerada por esse critério de classificação. A necessidade de cálculos complexos para definir os terceiros classificados pode minar a clareza e a emoção da fase de grupos para o público. Além disso, a ideia de equipes classificadas em terceiro lugar enfrentarem líderes de outros grupos nas oitavas de final (ou 16 avos) pode criar confrontos altamente desequilibrados, aumentando o risco de resultados elásticos e diminuindo a competitividade. Para relembrar algumas das goleadas mais memoráveis (e por vezes inesperadas) que já aconteceram no Mundial, você pode conferir este artigo sobre as maiores goleadas da Copa do Mundo. Técnicos renomados como Pep Guardiola e Joachim Löw já expressaram publicamente sua oposição à expansão, alegando que o aumento no número de jogos (os finalistas disputarão 8 partidas, uma a mais que no formato anterior) pode sobrecarregar os atletas, expondo-os a um risco maior de lesões e comprometendo a intensidade do jogo.

Vantagens e Desvantagens: Qual o Futuro da Copa?

A ampliação da Copa do Mundo para 48 seleções divide opiniões sobre o verdadeiro propósito por trás dessa decisão. De um lado, a FIFA defende que o objetivo é tornar o futebol mais global, inspirando crianças e jovens em países com menor tradição no esporte a se dedicarem à modalidade ao verem suas seleções competindo no palco mundial. Essa democratização seria, em teoria, um passo importante para o desenvolvimento do futebol em escala global. Prova disso é que confederações como a CONMEBOL (América do Sul), por exemplo, viram suas vagas aumentarem de 4,5 para 6,5, tornando a classificação para seleções tradicionais como Brasil e Argentina algo quase garantido, exigindo um desempenho desastroso para ficarem de fora. A CONCACAF (América do Norte e Central) e a Ásia também tiveram aumentos significativos, passando de 3 para 6 e de 4 para 8 vagas fixas, respectivamente. A Oceania, que nunca teve uma vaga direta, finalmente terá uma.

Do outro lado, críticos argumentam que a motivação principal é puramente financeira. O aumento do número de jogos e participantes se traduz diretamente em mais receitas de transmissão, patrocínios e bilheteria, engordando os cofres da FIFA. Eles sugerem que, para realmente desenvolver o futebol em países emergentes, seriam mais eficazes investimentos em infraestrutura de base, formação de treinadores e programas de desenvolvimento de jovens talentos, e não apenas a inclusão forçada em um torneio de elite. Embora seja verdade que a Copa do Mundo já presenciou campanhas surpreendentes de seleções consideradas “modestas” (como a Croácia em 1998, a Turquia em 2002 e, mais recentemente, o Marrocos em 2022), a preocupação é que a maior parte dos jogos com as novas seleções não atinja o mesmo nível de competitividade, afetando o brilho geral do torneio.

A Copa do Mundo 2026 está confirmada e não há como a FIFA voltar atrás. Para os amantes do futebol, resta aguardar para ver como essa experiência sem precedentes se desenrolará. Será que o gigantismo do próximo Mundial se traduzirá em um espetáculo ainda maior, ou a expansão comprometerá a excelência pela qual a Copa do Mundo é conhecida? Somente o tempo dirá. Para mais detalhes sobre as mudanças e o que esperar, você pode ler este conteúdo completo no GE.

Aguardamos os desdobramentos das eliminatórias e as definições das 45 seleções que se juntarão aos anfitriões para fazer história em 2026.

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